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CNTE: Baixa filiação de trabalhadores pode levar ao desaparecimento das organizações sindicais no país

CNTE: Baixa filiação de trabalhadores pode levar ao desaparecimento das organizações sindicais no país

09 de Novembro de 2023

Apenas 11% de toda a força de trabalho ativa no Brasil é sindicalizada. Os dados levantados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em 2019, e compartilhados durante a reunião do Coletivo de Finanças da CNTE, chamaram a atenção para os desafios de aumentar o número de trabalhadores sindicalizados.

Durante o evento, realizado nesta quarta-feira (8), em Brasília, também foram abordados os prejuízos que as Reformas Trabalhista e Previdenciária trouxeram com a terceirização e precarização do trabalho na educação, influenciando no desinteresse à filiação, principalmente entre profissionais jovens.

Coordenado pela secretária de Finanças da CNTE, Rosilene Corrêa, o encontro teve o objetivo de elucidar aspectos políticos, financeiros e sindicais na organização das entidades e contou com a participação de representantes de filiadas à CNTE de todo o Brasil.

De acordo com o assessor jurídico da CNTE, Eduardo Ferreira, junto com a Reforma Trabalhista, o crescimento no vínculo de empregos por meio de terceirizações e contratações temporárias também foi sentido na educação.

Dados da pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apontam que apenas 54,9% dos docentes em âmbito estadual são estáveis. Nos municípios, apesar da taxa de professores plenos ser superior, com 71,7%, a organização sindical ainda é enfraquecida nestas regiões.

É também nos municípios onde se encontram o maior número de matrículas ativas de estudantes. São 24 milhões de matrículas nas redes municipais contra 14 milhões nas redes estaduais. Eduardo explica que é com base no número de matrículas escolares que as contratações dos trabalhadores da educação são realizadas. Por serem majoritários em número de profissionais estáveis e matrículas, o fortalecimento de entidades sindicais nos municípios se torna ainda mais necessário.

“O que nós sabemos hoje é que os municípios possuem mais dificuldade de organização dos sindicatos. É nas redes estaduais onde temos um número maior de profissionais afiliados. Então, nós precisamos fortalecer as redes sindicais municipais, e a CNTE tem realizado esse movimento junto à Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), buscando dialogar com esses sindicatos”, disse.


Texto com informações da CNTE
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